COMO SANTIAGO PROTEGEU OS CRISTÃOS NA BATALHA DE CLAVIJO
Entraram com poderosíssimo exército, os mouros, na Península Ibérica, tomando quase todos os reinos de Espanha. Reinava então, D. Rodrigo.
O sobrinho, o Infante D. Pelaio, cavaleiro corajoso, conseguiu reconquistar as terras de seu tio. Infelizmente, os reis que lhe sucederam, ou por cobardia ou medo, recearam enfrentar os infiéis, e estabeleceram tratado de paz, obrigando-se a entregarem, anualmente, cem donzelas.
Iniciou o infame pagamento o Rei Mauregato e prosseguiram a ignomínia os sucessores, até que D. Ramiro I, valoroso e destemido guerreiro, indignado com o opróbrio e afronta ao Rei assentou romper o acordo. Da decisão avisou Abderrameno II, poderoso Rei de Córdova.
Imediatamente os mouros ajuntaram numeroso exército e invadiram as terras de D. Ramiro.
Encontraram-se em Clavijo. Deu-se a batalha. Combateu-se ferozmente de ambos os lados, mas os mouros, mais numerosos e melhor preparados, facilmente destroçaram as hostes cristãs.
Vendo-se vencido, D. Ramiro, foge para o monte Clavijo, e tenta reorganizar o desbaratado exército.
A derrota era considerada como iminente. Os homens de Rei Ramiro iriam combater em vã. Não havia fuga possível: ou morriam ou seriam cativos.
Noite alta, D. Ramiro, viu diante de si esbelto cavaleiro, que montava garboso cavalo branco. Na mão direita empunhava a espada; na outra, guião, onde se via, em vermelho vivo, a Cruz de Cristo, que lhe assevera, em voz clara:
- Antemanhã, ao romper do dia, desce e dá luta. Eu, apóstolo Santiago, protector de Espanha, garanto-te a vitória.
Contou alvoraçado, o Rei, a visão. Correu a nova pelo arraial improvisado, e mal rompia o Sol o horizonte, descem os cristãos, em louca correria, investindo desassombradamente.
Os mouros ainda dormiam…
Reorganizara-se sem demora os infiéis, e iniciaram encarniçada peleja.
De súbito, diante dos cristãos, surge cavaleiro, montado em cavalo branco, erguendo na mão esquerda o estandarte com a Cruz de Cristo.
- Santiago! - Gritaram em nuíssimo, os cristãos.
- Santiago está connosco! - Bradaram jubilosamente os homens que combatiam junto ao Rei.
Esmoreceram os mouros, perante a magnificência do alferes-bandeira, e rapidamente foram vencidos.
D. Ramiro, em agradecimento, prometeu, logo ali, que daria a primícia de todo o fruto colhida em Espanha, aos ministros da igreja de Santiago.
Imediatamente foi a Calaharro fazer escritura pública. Isso foi a 24 de Março de 834.
Eis a razão porque em toda as batalhas, os militares de Espanha, invocam Santiago.
Aqui tem o leitor como o Apóstolo defendeu os cristãos na batalha de Clavijo.
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